Durante a transmissão do Grande Prêmio de Ímola, na Itália, neste domingo (18), o ex-jogador Ronaldo Nazário voltou a criticar duramente a estrutura do futebol brasileiro, com foco especial na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista à TV Bandeirantes, o Fenômeno expressou indignação com a falta de perspectivas de mudança no cenário atual, e classificou o sistema como engessado e dominado por interesses que impedem o progresso da Seleção Brasileira.
“O que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes. A gente vive um momento terrível, mas o mais impressionante é que a gente não vê uma luz no fim do túnel. Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar. Não tem nenhuma chance de reforma no futebol brasileiro. Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo, é tudo farinha do mesmo saco”, afirmou Ronaldo, que acompanhava o GP in loco.
O ex-camisa 9 da Seleção Brasileira, que já havia manifestado o desejo de disputar a presidência da CBF, revelou em março que desistiu da ideia por falta de apoio. Segundo ele, 23 das 27 federações estaduais recusaram até mesmo recebê-lo para uma conversa. O argumento? Estariam satisfeitas com a atual gestão de Ednaldo Rodrigues e planejavam apoiá-lo para a reeleição.
Para Ronaldo, o futebol brasileiro tem potencial de sobra para retomar seu protagonismo no cenário mundial, mas uma “reforma importante” é urgente para isso acontecer. Ele destacou que a reconexão entre a Seleção e os torcedores também depende dessas mudanças, mas mostrou-se pessimista quanto ao futuro.
“Com o potencial do futebol brasileiro, bastaria uma reforma importante para ter esperança de voltar a conquistar títulos”, afirmou. No entanto, concluiu de forma categórica: “Esse cenário não vai mudar.”
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