Em Tamandaré, o que deveria ser uma simples visita de fiscalização acabou se tornando caso de polícia. Na manhã desta segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, os vereadores Chapolim e Sínho do Quiosque foram acionados por pais e mães de alunos preocupados com a situação da Escola Mundo Mágico, que está há quase uma semana sem aulas. Ao chegarem ao local, os parlamentares foram impedidos de entrar pela direção da unidade, mesmo diante de denúncias graves apresentadas pelos responsáveis das crianças. A postura levantou suspeitas e levou os vereadores a acionarem a Polícia Militar para garantir o cumprimento do dever constitucional de fiscalizar o patrimônio público.
Com a entrada finalmente liberada, o cenário encontrado foi descrito como um completo abandono e risco para os alunos. Entre as irregularidades estavam extintores de incêndio vencidos há quase dois anos, colocando em risco a vida de crianças e servidores, além da escola estar sem aulas há uma semana devido a falta de energia. Banheiros deteriorados, portas remendadas com fita adesiva, ar-condicionado destruído e janelas tapadas com madeira também chamaram atenção dos vereadores. A estrutura geral apresenta sinais graves de descaso. “A diretora e a vice-procuradora tentaram evitar que víssemos o que estava acontecendo lá dentro”, relatou um dos parlamentares no vídeo que circula nas redes sociais.
Diante do que encontrou, o vereador Chapolim fez um pronunciamento firme: “A Secretaria de Educação pode tentar desmentir, mas as provas estão aqui. NÃO IREMOS TOLERAR que a segurança e a educação de nossos filhos sejam negligenciadas. O povo exige respeito!”.
A gravidade da situação levou os vereadores a defenderem que o Corpo de Bombeiros seja acionado imediatamente para vistoriar não apenas a escola, mas todas as unidades municipais de ensino de Tamandaré, já que há indícios de que outras também estariam com extintores vencidos e sem condições adequadas de funcionamento. O caso expõe mais um capítulo preocupante da atual gestão municipal do prefeito Carrapicho e levanta sérias dúvidas sobre o compromisso da administração com a segurança, o zelo e a qualidade da educação ofertada às crianças do município.
O espaço permanece aberto para que a Prefeitura se pronuncie.